PARREIRA É O ANTI-TELÊ
O futebol de resultados do técnico Carlos Alberto Parreira não é novidade para ninguém. Talvez para a musa da Copa Fátima Bernardes, que elegeu Lúcio como um dos melhores do Brasil na competição, seja. Mas para quem entende pelo menos um pouco de futebol, é só lembrar de 1994. Na Copa dos EUA, a Seleção Brasileira jogou para ganhar de meio a zero. E assim o fez. Quebrou o tabu de 24 anos jogando na base da marcação de Mauro Silva, Mazinho e Dunga. O 0x0 contra a Itália na final foi um prato cheio para os terríveis americanos criticarem tanto o soccer que eles não admitem terminar empatado.
Em 1982, a euforia era tão grande quanto hoje. Talvez porque aquela geração era tão encantadora quando a atual. E não foi à toa que Telê Santana era o comandante. O maior defensor do futebol bonito, jogado de forma espetacular. Naquela oportunidade, perdemos de maneira trágica para a Itália. Em 94, empatamos e vencemos os mesmos italianos de maneira mais trágica ainda. E é por isso que a maioria dos torcedores se recorda mais da seleção de 82 do que da seleção de 94.
Claro que é exagero criticar o futebol de resultados de Parreira, que até agora tem 100% de aproveitamento na Copa. Mas é sempre bom lembrar que estamos mal acostumados. E não temos nostalgia dos bons tempos de 58, 62, 70 e até 82. Há quatro anos atrás, tinhámos um time muito pior no papel, que dava muito mais resultados.
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